É sempre muito difícil acalmar as emoções e refrear a língua quando injustamente provocado e acusado. O desejo de responder, de provar que os atacantes estão redondamente errados, de apontar os defeitos dos acusadores, é quase demais para os corações humanos resistirem. Os corações de vítimas inocentes, injustamente insultadas e abusadas, clama por justiça.
Imagine como nosso Salvador deve ter se sentido durante a zombaria revoltante de seu julgamento. Cercado por seres ingratos, satanicamente controlados, que Ele havia criado e por quem estava dando a vida, Cristo foi tentado a exibir a Sua divindade. Jamais entenderemos a força da tentação ou a determinação exigida de Sua parte a fim de restringir o Seu poder em resposta ao esmagador abuso físico e emocional.
Muitos homens e mulheres sofreram imenso abuso e isto deixou seus corações profundamente feridos. Essas cicatrizes continuam a produzir seus efeitos secundários diariamente em residências, escolas e locais de trabalho, bem como na igreja. Uma das maiores lutas com que os que foram abusados tem de lidar é como responder aos seus agressores. Às vezes, a tentação de devolver na mesma moeda é quase insuportável. A vítima pode se tornar uma agressora devido às excruciantes dores e um sistema nervoso abalado, repleto de cortisol induzido pelo estresse.
No entanto, em Sua provação, Cristo demonstra que não importa quão indelicadamente somos tratados, Deus sempre nos capacita com a Sua graça.
Lori Engel
Capelã (atualmente com deficiência)
Eugene, Oregon EUA
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Para ler os capítulos acesse:
http://ellenwhite.cpb.com.br/livro/index/4/698/715/perante-anas-e-o-tribunal-de-caifas
http://ellenwhite.cpb.com.br/livro/index/4/716/722/judas
Texto original: https://www.revivalandreformation.org/bhp/en/sop/da/75-76
Tradução: Jobson Santos, Jeferson Quimelli e Gisele Quimelli